ÀYÀN
No
contexto do culto Yorubá a percussão sacra é de grande importância, sendo
fundamental para os rituais religiosos. Nos
rituais para os Òrìsá, os instrumentos mais usados são os tambores.
A
força espiritual contida no tambor e que o consagra, é chamado de Àyàn ou
“Àyon”, o Òrìsá do tambor. Àyàn representa
a expressão sonora das divindades; e o tambor serve como depositário dos
poderes divinos e é o veículo que Ihe dá voz. A consagração de Àyàn no tambor é feita por
meio de ritual e elementos litúrgicos sagrados, que ficam dentro do tambor, que
é selado hermeticamente com as peles de animais. Quando Àyàn é fixado no tambor é chamado de
“Eleekoto”.
As religiões de matriz africana há tempos vêm
resgatando alguns elementos que ficaram esquecidos e Àyàn, o Òrìsá do
tambor, é um desses elementos.
Os tambores sagrados são tratados como criaturas
viventes, que devem ter cuidados específicos e uma variedade de regras para o
seu uso.
Para
que alguém possa ser iniciado para Àyàn e tocar o tambor sagrado, deve cumprir
rígidos rituais, tornando-se assim, um Onilú.
A
preparação dos Onilus , que são pessoas especiais para a liturgia das religiões
Africanas, é feita através de rituais religiosos e iniciação. Os Onilus são os responsáveis pelos tambores,
e por sua conexão com Òrìsá Àyàn.
Essa
tradição é mantida na Nigéria, em terras Yorubá. O iniciado recebe a força espiritual necessária
para tocar os tambores da forma correta, para que estes possam “falar” com os Òrìsá,
chamando-os para as cerimônias a eles dedicadas.
É
necessário estabelecer uma distinção: uma coisa são os tambores pagãos,
destinados apenas a fazer música. Outra bem diferente são os tambores
consagrados, sacralizados através de uma série de rituais que os transformam em
instrumentos de comunicação com os deuses, tornando-se assim, o assentamento do
Òrìsá Àyàn. Os tambores consagrados são maravilhas singulares de concatenação
musical de ritmos tão belos quanto complexos.
ÀYÀN representa a
expressão sonora das divindades; é o som do cosmos, do universo e tem o tambor
que serve como depositário dos poderes divinos.
Diz um Itan da
divindade ÀYÀN, que Olódùmarè (o Deus Supremo) o chama para aprender o poder de
cada Òrìşá, para ensinar os homens a louvá-los através do canto, da dança e dos
ritmos sagrados.
Na verdade o próprio
instrumento, o tambor, é considerado como a veste material de um espírito e diz
o Itan, que cada tambor possui seu espírito elemental, que se materializa
dentro dos mesmos durante as cerimônias para que o rito tenha prosseguimento
segundo a egrégora do templo, de acordo com o Òrìşá regente da casa.
Os
tambores sagrados foram introduzidos e desenvolvidos na terra dos Yorubá, há
aproximadamente 800 anos. O som dos
tambores sobreviveu por mais de 500 anos, viajando da Terra Yorubá para o “Novo
Mundo” e mantendo sua tradição nos Cultos de Nação Africana. Sua história é um testemunho do poder e
profundidade da religião e cultura Yorubá.
Assim, os tambores
possuem o poder de chamar não apenas a força do Òrìşá para dentro dos templos,
mas também para invocar a presença de ancestrais ilustres e de outras
personalidades do mundo astral, que nos cultos de nação africana são conhecidos
como Egungum.
O toque do tambor
revela a arte de conectar-se com a Mãe Terra e com nosso Eu Interior,
sintonizando nosso coração ao coração dela, e de viajar ao mundo do invisível,
constatando nossa ancestralidade e todos os reinos da Natureza.
Alguns historiadores e
antropólogos do século XX destacaram a idéia de que a maneira utilizada para se
chegar aos conhecimentos místicos em religiões primitivas esteve sempre
associada ao êxtase (o transe) provocado pelo toque do tambor. Esse instrumento seria então o responsável
pela comunicação entre o homem e as divindades.
Trabalho de pesquisa por
OBÀALÁSE OLUWO IFÁSINA IFÁRUNAOLA (WILLER ALMEIDA)
Erelú Iyá Òsún Funké, Iyanifá Fun Mi Lolá (Fatima Gilvaz)
Vários autores:
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