OBÀLÚWÀIYÉ
Obàlúwàiyé quer dizer:
Obà = "rei"
Lúwàiyé = "dono da terra"
Obàlúwàiyé - Rei Senhor da Terra
É saudado com a expressão - “Atótó” que significa -
“Silêncio”.
Seu elemento é a Terra, portanto seu Àsé é negro.
Gúgúrú – pipoca é uma das suas principais oferendas .
Obàlúwàiyé é um valente guerreiro, Òrìsá conquistador
e desbravador de terras, portanto cultuado para obtenção de progresso e
prosperidade.
Um
Itan fala que:
Obàlúwàiyé nasceu em Empé, território Tàpá também chamado
Nupe. Ele era um valente guerreiro que
acompanhado por suas tropas percorria o Céu e os quatro cantos da Terra,
massacrando impiedosamente seus inimigos que morriam mutilados ou de pestes
variadas. Chegando ao Território Mahi, causou pânico aos habitantes
locais, esses consultaram um Bàbálawó que afirmou: “O valente guerreiro chegou,
e se tornará o Senhor deste País, fazendo esta terra rica e próspera. Se o povo não o aceitar ele o destruirá. É necessário que se faça muitas oferendas a ele,
todas que ele goste, como: inhame pilado, feijão, farinha de milho, azeite de
dendê e muita pipoca. Todos devem
respeitá-lo e servi-lo. Quando o povo
reconhecê-lo como Rei, Obàlúwàiyé não mais o destruirá.”
Quando o guerreiro chegou os habitantes do local o
reverenciaram, colocando suas testas no chão e gritando “Atótó!” (silêncio). Assim, Obàlúwàiyé aceitou os presentes
dizendo: “Eu os pouparei! Em todas as
minhas viagens sempre encontrei desconfiança e hostilidade, mas aqui foi
diferente. Construam um Palácio e aqui será minha moradia doravante.”
Obàlúwàiyé instalou-se então em Mahi tornando o País
próspero e rico, e nunca mais voltou a Empé.
Ele têm o controle das epidemias e doenças contagiosas,
usando-as como punição aos que o ofendem e conduzem-se mal.
É um òrìsá terrível que exige muito respeito, e
simplesmente a menção do nome de Obàlúwàiyé, pode trazer castigos e envolver
riscos.
Dentro da visão dos Òrìsá como Forças da
Natureza, é Obàlúwàiyé, o momento em que a revolta natural se faz presente
através da passagem das epidemias atacando todas as comunidade, ou todo o planeta. É visto como uma entidade geradora da morte.
Por
ele representar a terra, lidera o poder dos espíritos ancestrais, que o seguem. Oculta sob suas palhas o mistério da morte e
do renascimento. Ele é a própria energia
da terra que recebe nosso corpo após a morte.
Obàlúwàiyé
mede a riqueza com cântaros, mas o homem esqueceu-se de sua riqueza e só se
lembra dele como o òrìsá das pragas, atribuindo-lhe a responsabilidade
das doenças existentes na terra.
Entendemos
Obàlúwàiyé, em sua concepção mais ampla, como a energia divina de renovação e,
nesse sentido, o senhor das doenças; pois as doenças são processos, de
renovação corporal e espiritual. Ele não
é estritamente a força da doença e da morte.
Este òrìsá, é também o impulso da constante mutação.
O
culto a este òrìsá é envolto em mistério e temor, uma vez que a força de
mudança e transformação é, normalmente, difícil de ser administrada pelos seres
humanos.
Obàlúwàiyé
é a força suprema da energia cósmica de transformação e renovação, ele representa a mudança em seu sentido amplo,
a força das doenças, da cura e da morte.
Trabalho de pesquisa por
Erelú Iyá Òsún Funké, Iyanifá Fun Mi Lolá (Fatima Gilvaz)
Vários autores:
Falokun Fatunmbi
Pierre Verger
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