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sábado, 6 de agosto de 2016

ÒGÚN


Ògún alákáyé  -  Senhor do Universo !

Orisá conquistador de terras, Ògún fez-se respeitar em toda a África, pelo seu caráter forte e marcante.  Foram muitos os reinos que se curvaram diante do poder de Ògún.
Em todos os cantos da África, Ògún é conhecido, pois soube conquistar cada espaço daquele continente com a sua bravura. Lutou em muitas batalhas, e também saciou a fome de muita gente, por isso antes de ser temido Ògún é respeitado e amado.

Entre os muitas cidades conquistadas por Ògún, está a cidade de Iré, da qual se tornou senhor após liberta-la da tirania do rei e substituí-lo pelo seu próprio filho, regressando glorioso com o título de Oní Ìré - Rei de Ìré.

Ògún é o temível guerreiro, violento e implacável.  Não é por acaso, que nas rezas dedicadas a Ògún o respeito fica tão evidente e a piedade é um pedido constante.
Deus do ferro e da tecnologia; protetor do ferreiros, agricultores, caçadores, metalúrgicos, enfim todos os profissionais que de alguma forma lidam com o ferro.

Ògún é a força incontrolável e dominadora do movimento.  É o poder do sangue que corre nas veias.  É o Òrìsá da manutenção da vida.
Ògún é decisão, convicção, certeza.  Ele é a energia da vida em sua plenitude.
É uma energia da natureza temida e respeitada, que se faz presente nos momentos que precisamos ser fortes e causar impacto.

Senhor dos metais, ele forjava suas próprias ferramentas, tanto para a caça, como para a agricultura ou para guerra.  Na África, seu culto existe em Ondó, Osogbo, Ile Ifé, Ekiti, Oyó, entre outros do Panteão Yorubá.

Ògún lutava sem cessar contra os reinos vizinhos e como resultado, trazia sempre um rico espólio de suas expedições, além de inúmeros escravos.

Òrìsá do ferro e da guerra, cujas lendas a seu respeito falam de um terrível guerreiro, sempre envolvido em batalhas para aumentar seus domínios; justiceiro impetuoso, e que coloca acima de tudo o conceito de honra.

Os lugares consagrados a Ògún são, geralmente, ao ar livre.  Para Ògún, a retidão, a verdade e a justiça são importantes, mas sua principal ocupação não é determinar o que é certo ou errado, e sim apenas fazer prevalecer aquilo que julga certo, portando Ògún faz justiça com as próprias mãos.

Ògún aparece imediatamente em socorro daquele que o invocou.  Porém, não pode ser invocado em vão, porque se não encontrar inimigos, é sobre o imprudente que lançara sua ira.

Ògún é também representado por folhas de dendezeiro desfiadas, chamadas Màrìwò.  Elas servem de vestimentas para o Deus da Guerra.  
Como fala em uma de suas rezas:

"...Aquele que se veste de Màrìwò.
Que tem água em casa, mas se lava com sangue"...

O culto de Ògún é bastante difundido em territórios Yorubá, e é um dos Òrìsá mais respeitados e temidos. 
Ògún é um caçador de grande fama.  De acordo com as lendas, no começo do mundo os Òrìsà tentaram atravessar uma selva sem sucesso.  Por fim, foi Ògún que conseguiu abrir o caminho com seu facão.

A Divindade do ferro, o Senhor da Guerra e dono do trabalho, porque possui todas as ferramentas oriundas do ferro. Ògún também é dono das estradas de ferro e dos caminhos.  Ele é o próprio progresso !





Trabalho de pesquisa por 

Erelú Iyá Òsún Funké, Iyanifá Fun Mi Lolá (Fatima Gilvaz)

Vários autores:

F. Fatunmbi
Pierre Verger

- Vários sites sobre o assunto
Efunlase



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