ORÍ (EU SUPERIOR) E O AMOR UNIVERSAL
Uma das divindades mais importantes na compreensão do Culto
Yorubá é o Orí. Uma pessoa sem uma
cabeça é uma pessoa sem direção. A
cabeça é o primeiro a entrar no mundo na maioria dos casos, e é o domicilio de todas as escolhas.
A
cabeça é considerada o receptáculo de idéias, opiniões, emoções e está ligada
ao destino e sorte de cada pessoa. Orí
é todo Asé que uma pessoa tem. É
a sede da consciência do ser humano. Orí
Inú é a cabeça interior, o Eu Superior,
portanto, o sucesso de cada ser humano, depende única e exclusivamente de
seu equilíbrio mental e de seu caráter
reto.
"A origem ou a fonte de todo Orí é o Deus Supremo – Ólodùmarè - ou o Grande Orí, do qual todo Orí deriva,
visto que ele é, na verdade, o doador de todo Orí “ . (Escrito por AWOIFALONA) .
Ori Inú é a essência da personalidade da alma do homem e
deriva diretamente de Ólodùmarè. O Orí Inú é o ser interior, o Eu Superior, o
ser espiritual do homem e é imortal. Orí
é uma divindade que tem o objetivo de servir apenas a uma pessoa à qual está
ligado por força do poder de Ólodùmarè.
Estamos
ligados a Ólodùmarè
por nosso Ori Inú, (Eu Superior), ele é a fonte da inteligência para a
sobrevivência no Ayê (terra), e dele (Ori), geramos toda a força propulsora que
nos conduz em nossa jornada não somente para a vida em si, mas também na saúde,
prosperidade e equilíbrio, o qual está diretamente ligado ao Órun(céu),
portanto, Ori Inú é aquele que conhece o próprio destino, da mesma forma que
nos conduzirá na passagem do mundo físico ao espiritual.
Ori é a palavra em Yorubá usada para descrever a
consciência. O conceito de Ifá sobre Ori
é a integração do pensamento e da emoção que gera um Orí positivo ou de
sabedoria. Ifá diz: a pessoa que fracassa, se não fizer uso da
sabedoria, se tornará fútil e inútil.
“O ponto chave de Ifá para entender o que é Ori, é a
transformação pessoal. Não é somente
resolver conflitos pessoais, está também em aprender como viver em harmonia com
as forças invisíveis que formam e guiam o destino do planeta”. (Inner
Peace “The Ifá Concept of Ori” - Awo
Falokun Fatumbi – pag. 63 – parágrafo 2).
ORÍ INÚ - a cabeça interna, é a nossa
personalidade divina, ou nosso “eu verdadeiro”, ou nosso “eu supremo ou superior”.
Em resumo, nossa alma.
O Odú Ogbè-Ègùndá,
fala: “Ìwà nikàn l´ó sòro o” (“ Caráter é tudo o que se precisa”).
Ìwà Pèlé (caráter reto) : é o que conduzirá
Orí Inú até o Òrun rere (plano espiritual dos Orisá), em caráter
definitivo. Todos os Orisá têm que respeitar a vontade e o livre
arbítrio de Orí. Sem a aprovação de Orí
nenhum Orisá pode fazer nada pelo seu devoto.
Orí é o Deus portador da individualidade de cada ser humano.
Representa o mais íntimo de cada um, o inconsciente, o próprio sopro de vida em
sua particularização para cada pessoa. Orí mora dentro das cabeças humanas e é
conhecido como aquele que pode fazer a grande viagem sem retorno.
Orí é o ponto central do culto Yorubá. Ólodùmarè (Deus) é o criador de Orí Inú, mas mesmo assim, ele
nunca desceria aqui na terra pra obrigá-lo a rezar ou obrigaria seus filhos
segui-lo. Isso depende única e
exclusivamente do Orí, da escolha e do livre arbítrio. Por isso, para o Culto Yorubá, Orí é a
divindade mais importante!
A missão maior de Orí Inú, à qual cabe ao nosso Orisá
ajudar-nos, é o desenvolvimento de Ìwà Pèlé (caráter reto e bom), que é o nosso
passaporte para o encontro definitivo com Ólodùmarè !
Entre os povos bini, na Nigéria, a cabeça é considerada o
receptáculo das idéias, opiniões, emoções e sofrimentos do individuo, e está
ligada ao destino e à sorte.
Ori é todo o asé que uma pessoa tem. Ela é a sede da consciência e dos principais
sentidos físicos”.
“ O homem está no mundo !
Um mundo que ele encontra ao nascer e que é uma imensidão. Percepções, vivências, emoções, elaborações,
organizações se sucedem...
A relação ele / mundo irá se estabelecer de forma natural ou
provocará uma realidade de estranheza, dependendo de como se estruturou em seu
processo de desenvolvimento “. (Preciso de licença para ser eu mesmo
? - Andrée Intrator – pag. 31 –
parágrafo 1).
O Orí precisa ser trabalhado e orientado para que possamos
encontrar o equilíbrio do Eu Superior (Orí Inú). Quem nunca escorregou da luz para a escuridão
e se viu impotente nas tentativas de reverter o quadro ? Por isso precisamos estar em equilíbrio com
nós mesmos, para estarmos em equilíbrio com nosso Orisá e aí estaremos
em equilíbrio com a natureza e com todo o universo.
AMOR UNIVERSAL
Quando estamos em conexão com o alto e com a natureza,
abre-se um canal em nossa consciência, através do qual podemos desenvolver um
contato pleno e absoluto com nosso Eu Superior (Orí). Nesse momento, somos tomados pelo êxtase e
por uma quantidade imensa de luz e um Amor puramente Universal. Neste estado podemos entrar em contato com
diversas formas de vida e de manifestações divinas. Essa essência divina , o universo e toda a
criação é composta por infinitas partículas do Criador Absoluto (Ólodùmarè), que vibram em
harmonia.
A natureza, os seres, e tudo o que existe na criação, se
manifesta de alguma forma e evolui dentro dos seus padrões e funções na
perfeita harmonia cósmica e universal. Assim, podemos nos reconhecer como parte
desta grande e maravilhosa criação, a partir do momento em que soubermos que
somos também uma manifestação Divina, e que se nós existimos, é porque Deus (Ólodùmarè) existe.
O Caráter, o ego e a personalidade humana, fazem parte de um
processo evolutivo, no qual o homem, precisa reconhecer-se como unidade divina,
precisa desenvolver sua inteligência e seu conhecimento espiritual e aprender
as leis espirituais básicas da harmonia vital e do amor universal. Somente assim, o homem consegue o seu
equilíbrio.
Para alcançarmos o equilíbrio interior, precisamos ter
consciência total de nossas atitudes.
Quantos de nós admitimos nossos erros, nossas limitações, e nossas
falhas ? É chegado o momento de admitirmos
todos os nossos erros perante a nós mesmos, com humildade e sinceridade. Desta forma conseguimos vibrar em harmonia
com o Universo, e no momento em que somos capazes de cuidar incondicionalmente
do outro, emanando o Amor Universal, estaremos em harmonia com Deus (Ólodùmarè).
Quando nos perdermos ou entramos no negativo, abrimos portas
erradas e delas saem monstros: o medo, insegurança, brigas, ódio, etc... Mas existe uma porta, estreita, pela qual
podemos nos reencontrar. Ao abrir essa
porta, tudo se iluminará. Para isso, precisamos ter a consciência de que
somente o Amor pode curar, só o Amor pode orientar, somente através do Amor
Universal podemos saber quem realmente somos e o que realmente queremos. Assim, alcançamos a transformação que nos leva
a harmonia com o Cosmos.
A medida em que nos transformamos, tudo e todos a nossa
volta acompanhará essa transformação. É
a teia da vida! Mas para termos essa
compreensão, precisamos entender que essa teia é movida pela presença do Amor,
o Amor Universal.
O Amor Universal é a manifestação do Amor puro, infinito,
imparcial e sem distinções. É o amor que não julga, cuida, e é capaz de mover o
Universo.
(pesquisa baseada em Leandro Pires)
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