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terça-feira, 30 de maio de 2017

ÒSÀNYÌN

Ewe Òsànyìn !!!

Òsànyìn é a divindade das plantas medicinais e litúrgicas dentro do Culto aos òrìsá, tendo recebido, de Olódùmarè, o segredo das ervas.  Nenhuma cerimônia pode ser feita sem a sua presença, pois ele é o detentor desse àse.

A importância de Òsànyìn é muito grande, pois todos dependem de folhas e ervas para realização de seus cultos.  A força e o poder de Òsànyìn está no conhecimento de misturar essas folhas. Òsányìn é o detentor do segredo de todas as ervas existentes.
Apesar de cada òrìsá reinar especificamente em cada área da vida humana, todos dependem do conhecimento e da magia de Òsànyìn.

A figura de Òsànyìn é a do mago, que ajuda a todos.  É o conselheiro, a figura paterna, sem se envolver muito, só aparece quando sua presença é indispensável para solução do problema em questão. Vive sozinho na floresta, em silêncio e misterioso. 
Òsányìn possui um pássaro que é o seu mensageiro. Este pássaro voa por toda parte do mundo e pousa em cima da cabeça de Òsányìn, para lhe contar todos os acontecimentos. Este pássaro é um simbolismo bastante conhecido das feiticeiras.
Nos templos consagrados a Òsànyìn na África, é dito que esta ave 
habita no Igba Òsànyìn (a cabaça consagrada a Òsànyìn) e que ele 
fala quando Òsànyìn é consultado.
As folhas e as plantas constituem a emanação direta do poder da terra.  O sumo das folhas é também chamado de èjé ewé ou "sangue das folhas" e é um dos àse mais poderosos. 
Cada folha possui virtudes próprias e, misturadas, umas às outras, formam preparados medicinais e mágicos de grande importância no culto. 
As folhas, possuem o àse do sangue negro.

A floresta é o elemento vital para a manutenção da vida neste planeta, sem ela, não existiria o òrìsá!
O homem Africano sempre acreditou que destruir florestas, equivale a destruir os deuses que nelas habitam. 
Em todas as civilizações, antigas ou modernas, o vegetal é, inquestionavelmente, de suma importância na manutenção da vida humana.  Desde tempos primitivos, sempre se dependeu da natureza para sobreviver, e se utilizava, principalmente, a flora como parte de alimentação, para combater doenças, ou em rituais para prover o bem-estar social.

Nenhum ritual ou cerimônia feitas aos òrìsá pode ser realizada sem que Òsànyìn seja louvado, pois suas cantigas despertam o poder sobrenatural das plantas.

No ritual a Òsónyìn, primeiro saudamos a Terra, com a água que a fertiliza;  saudamos os òrìsá, como força vital da natureza;  saudamos os Ancestrais e saudamos os seres encantados( nunca habitaram neste planeta ) , para que possamos invocar a força da natureza, a força de cada folha.

ko si ewe, ko si òrìsá !

Sem folha não existe òrìsá !

Òsànyìn desempenha um papel fundamental no culto aos òrìsá, visto que sem folhas, sem a sua presença, nenhuma cerimônia pode realizar-se, pois ele detém o àse que desperta o poder do “sangue” negro das folhas.
Òsànyìn é o grande sacerdote das folhas, o grande feiticeiro, que por meio das folhas pode realizar curas e milagres, pode trazer progresso e riqueza. È nas folhas que está a cura para todas as doenças, do corpo e do espírito.
Òsànyìn vive na floresta em companhia de Àrònì, um anão de uma perna só. É o auxiliar que se responsabiliza  por causar o terror em pessoas que entram na floresta sem a devida permissão.
Òsànyìn conversa com os espíritos sagrados que moram dentro das árvores, nas florestas. Também conhece a linguagem dos animais e dos pássaros, imitando-os com perfeição.

"A natureza possui uma memória, lembre-se disso quando agredi-la, pois certamente ela lembrará de você quando precisar".  

Trabalho de pesquisa por 

Erelú Iyá Òsún Funké, Iyanifá Fun Mi Lolá (Fatima Gilvaz)
 - Popoola
- Malomo Odetumbi - Carlos Eduardo da Silva

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terça-feira, 23 de maio de 2017

ÌGBEJÌ



Ìgbejì =  ìgbì  -  nascer  ;  èjì  - dois.
Significa nascer dois ou gestação dupla, nascimento de gêmeos.

O primeiro a nascer recebe o nome de Táíwò (a primeira criança, aquele que vai conhecer a vida) e o segundo de Kéhìndé (a criança mais velha), sendo considerado espiritualmente mais velho.
Òrìsà Ìgbejì, protege contra a morte prematura, acalma o sofrimento material e espiritual, orienta o Orí do Àbìkú e dos devotos, a seguir o caminho certo, atrai progresso econômico e desenvolvimento espiritual, harmonizando a vida material com a espiritual, proporciona sentimentos de paz, tranqüilidade, serenidade, confiança, fertilidade, transforma lágrimas em sorrisos.
É associado à duplicidade – entre o existir e o não existir, o fazer e o não fazer; por serem crianças, são ligados a tudo que se inicia e brota: a nascente de um rio, o nascimento dos seres humanos, o germinar das plantas...
Promove cura e bem-estar, interfere no destino humano, removendo obstáculos da vida.
Através das crianças gêmeas, que são o seu símbolo, frequentemente, são mandadas a Terra por algum òrìsà para aliviar o sofrimento de uma família.  Famílias que têm os gêmeos são santificadas pelo òrìsá com prosperidade e uma mulher que têm filhos gêmeos é reconhecida como Iya Ìgbejì (Mãe de Gêmeos).
Eles são, parte importante para entender nossa relação com o órun(céu) e àiyé(terra).  Ìgbejì é um òrìsà duplo e tem seu próprio culto, obrigações e iniciação dentro do ritual.  Divide-se em masculino e feminino, gêmeos.  Eles representam tanto a pureza e a paz, quanto os mistérios da magia.
Ìgbejì trás para seus iniciados um temperamento infantil e jovial; nunca deixam de ter dentro de si a criança que já foram.  Costumam ser brincalhonas e sorridentes.  É a divindade que rege a alegria, a inocência e a ingenuidade da criança.
Sua determinação é tomar conta do bebê até a adolescência, independente do òrìsá da criança.  Ìgbejì é tudo de bom, belo e puro que existe; uma criança pode nos mostrar o sorriso, a alegria, a felicidade, o falar e olhos brilhantes.  Na natureza, representa a beleza do canto dos pássaros e o perfume das flores.  
Ìgbejì aflora a criança que temos dentro de nós, as recordações da infância, pois tudo aquilo de bom que nos aconteceu na infância, foi regido, gerado e administrado por Ìgbejì.


Trabalho de pesquisa por

Erelú Iyá Òsún Funké, Iyanifá Fun Mi Lolá (Fatima Gilvaz)

Vários autores:

Falokun Fatunmbi
Pierre Verger

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sexta-feira, 12 de maio de 2017

OLÓKUN

Olókun, Proprietário dos Oceanos.  Alguns dizem que ele foi o primeiro espírito a habitar a terra antes de todos os outros Òrìsá.  Representa a prosperidade do oceano e seus mistérios, mas também suas riquezas e estabilidade.
É por isso que ele é considerado como um dos òrìsá mais poderosos e prósperos.  Ele também é chamado de Obà Omi (Rei das águas).  Olókun é aquele que faz prosperar.

Ìbá Olókun a soro-dayò !

Saudação ao espírito do oceano, aquele que faz as coisas prosperarem !

Olókun de caráter compulsivo, misterioso e violento, é assustador quando irritado, mas tem a capacidade de transformar.  Na natureza é simbolizado pelo mar profundo, ele é o verdadeiro dono das profundezas, onde ninguém jamais esteve.  Representa os segredos do fundo do mar.  Também representa a saúde mental.  Olókun é um òrìsá perigoso e poderoso no culto Yorubá.

Ifá diz que nunca olharam para baixo, para ver o esplendor de Olókun.  Dentro do omi ayé (águas da Terra), acontece o mistério da abundância, vida longa e muitos filhos.

Este mistério está escondido sob as águas turbulentas, onde o homem é incapaz de penetrar.  São as águas ancestrais da vida, as águas que têm uma forma de consciência natural que flui e nutre.

Yemojá, Deusa dos Oceanos, a grande mãe, que defende seus filhos e sua família, é decidida e impetuosa, ela vai até o fim em seus objetivos.  Ela é a suave espuma branca da praia, mas também é o Tsunami que passa por cima de tudo, limpando e exterminando.

É a dona do subconsciente coletivo e da sabedoria antiga, é a guardiã dos segredos que estão escondidos no fundo do mar. 
Yemojá assumiu, o domínio dos mares junto com Olókun, em cujo movimento hora calmo, hora agitado e revolto, tem representada a sua personalidade inconstante.


Trabalho de pesquisa por 

Erelú Iyá Òsún Funké, Iyanifá Fun Mi Lolá (Fatima Gilvaz)

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