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domingo, 26 de junho de 2016

O Caminho da Sabedoria

 

 Naquele tempo, Òrúnmìlá não era mais um jovem, e de excepcional possuía apenas a vontade imensa de saber o que pudesse.

Em suas andanças por países então conhecidos, soube da existência de um grande palácio onde havia dezesseis quartos, em um dos quais encontrava-se aprisionada uma belíssima donzela chamada Sabedoria.

Muitos jovens aventureiros, guerreiros poderosos, príncipes e monarcas, já haviam sucumbido, na tentativa de resgatar a bela jovem.

Determinado a conquistar Sabedoria, Òrúnmìlá dirigiu-se ao local onde estava edificado o palácio e no caminho encontrou um mendigo que, estendendo-lhe a mão, pediu-lhe um pouco de comida.  Colocando a mão em sua sacola, Òrúnmìlá dali retirou um pequeno saco com farinha de inhame, que era tudo o que tinha para comer e de uma pequena cabaça, um pouco de epô (dendê), misturando tudo e dividindo com o mendigo, comendo uma pequena parte do alimento.

Depois de alimentar-se, o mendigo revelou a Òrúnmìlá o seu nome, dizendo que se chamava Elegbara, e como agradecimento, ofereceu-lhe um pedaço de marfim entalhado, dizendo:
"Com este marfim, denominado Irofá, deverás bater em cada uma das dezesseis portas do palácio, pois só assim elas se abrirão.  Do interior de cada quarto ouvirás uma voz que te perguntarás:  "Quem bate ?"  Tu te identificarás dizendo que és Ifá, o Senhor do Irofá.

A Primeira Porta...

A voz perguntará, o que estás procurando, e tu dirás, estando diante da porta do primeiro quarto, que desejas conhecer a vida, a competição entre os homens e que queres conquistá-la em nome de Èjìogbe Mèjí, o princípio das coisas.  A porta então se abrirá e conhecerás os segredos da vida.

A Segunda Porta...

No segundo quarto, quando a voz te perguntares o que desejas, depois de haveres te identificado como da forma anterior, dirás que desejas conhecer Ikú, a Morte e que desejas dominá-lo, aprender a dependência das almas com a morte e ressurreição, por intermédio de Òyèkú Mèjí.  A porta se abrirá e conhecerás a morte, seus horrores e seus mistérios.  Se demonstrares medo em sua presença, haverás de adquirir o domínio absoluto sobre ela.

A Terceira Porta...

Na terceira porta, encontrarás um guardião denominado Ìwòrì Mèjí, o Anjo Exterminador, e depois de reverenciado, te colocarás diante dos olhos a maldição de Olódùmarè sobre a terra, os mistérios da vida espiritual e dos nove espaços de Òrun (céu), onde habitam os deuses, demônios e todas as classes de espíritos que irá conhecer.

A Quarta Porta...

Na quarta porta, reclamarás por conhecer o jugo da matéria sobre o espírito, a Lei do Karma, a formação do gênero humano e o guardião desta porta chama-se Òdí Mèjí, a quem deverás demonstrar respeito sem submissão.  É necessário que não te deixes encantar pelas maravilhas e os prazeres que se descortinarão diante de teus olhos, pois podem escravizar-te para sempre, interrompendo tua busca.

A Quinta Porta...

Na quinta porta quando fores indagado, dirás, diante de Iròsún Mèjí, que procura o acaso da vida, o domínio do homem sobre seus semelhantes, através do uso da força e da violência, da tortura e do derramamento de sangue.  Aprende, mas não utilizes jamais, as técnicas ali reveladas, para não te tornares, uma vítima delas.

A Sexta Porta...

Na sexta porta, serás recepcionado por um gigante do sexo feminino, que saudarás pelo nome de Òwórín Mèjí e a quem solicitarás ensinamentos relativos à possessão espiritual, à cura dos seres vivos e ao equilíbrio que deve existir no universo.  Compreenderás então o valor da vida e a necessidade da morte, o mistério que envolve a existência das montanhas e das rochas.  Ali serás tentado pela possibilidade de obter muita riqueza, mulheres, filhos e bens incalculaveis.  Resiste a estas tentações ou verás tua vida ser reduzida a uns poucos dias de luxúria.

A Sétima Porta...

Agora estarás diante da sétima porta.  O habitante deste quarto chama-se Obará Mèjí, é velho e de aparência bonachão, poderá te ensinar prodígios da cura, soluções para os problemas mais complicados, te darás a possibilidade de realizar todos os desejos e realizações humanas.  Toma cuidado no entanto, pois o domínio deste conhecimento pode conduzir-te à prática da mentira, à falta de escrúpulos e à loucura total.



A Oitava Porta...

No oitavo quarto deverás solicitar a permissão de Òkànràn Mèjí, para conheceres o poder da fala humana, que infelizmente é muito mais usada na prática do mal, que do bem, e o encadeamento das coisas.  Este guardião te falará em muitas línguas e de sua boca só ouvirás lamentações e queixas.  Aprende depressa e depressa fujas deste local, onde imperam a Falsidade e a Traição.


A Nona Porta...

Diante da nona porta, pedirás permissão ao seu guardião, Ògúndá Mèjí, para conheceres a corrupção e a decadência, que podem levar o ser humano aos mais baixos níveis da existência.  Naquele quarto, encontrarás os vícios que assolam a humanidade e que a escravizam em correntes inquebráveis.  Verás o assassinato, a ganância, a traição, a violência, a covardia e a miséria humana, brincando de mãos dadas, com muitos infelizes que se tornam seus servidores.

A Décima Porta...

No décimo aposento deverás apresentar reverências a uma poderosa feiticeira, cujo nome é Òsá Mèjí.  Ela vai contar o poder que a mulher exerce sobre o homem e o porque deste poder.  Conhecerás seres poderosos que trabalham na prática do mal, todos os demônios denominados Ajés se curvarão diante de ti e te oferecerão seus serviços maléficos que, caso aceites, fará de ti o ser mais poderoso e odiado sobre a face da terra.

Aprenderás a representação do tempo, a dominar o fogo e a utilizar o poder dos astros sobre o que acontece no mundo.  Saberás das relações entre o Sol e a Terra e entre a Terra e a Lua.  Principalmente a influência da Lua sobre os seres vivos.  Cuidas para que estes segredos não te transforme em um bruxo maldito.

A Décima Primeira Porta...

Bate agora o teu Irofá na décima primeira porta, e a voz do seu guardião, Iká Mèjí, onde os peixes povoaram os mares, o gigante em forma de serpente, te farás estremecer.  Saúda-o respeitosamente e solicita dele, permissão para descortinar o mistério que envolve a reencarnação, o domínio sobre os espíritos Àbíkú, que nascem e morrem imediatamente.  Aprende a dominar este segredo e desta forma poderás livrar muitas famílias do luto e da dor.

A Décima Segunda Porta...

Esta porta te reservas sustos e surpresas sem fim.  Seu guardião se chama Òtúrùpòn Mèjí,  é do sexo feminino e possui forma arredondada, se parece com uma grande bola de carne quase disforme.  Trata-se de um gênio muito poderoso que poderá te revelar os segredos que envolvem a criação da Terra, além de ensinar-te a obter riquezas inimagináveis.  Aprende com ele o segredo da gestação humana e a maneira de como evitar abortos e partos prematuros, depois, partas respeitosamente em busca do próximo aposento.

A Décima Terceira Porta...

Bate com cuidado e com muito respeito !  Neste quarto reside um gigante,  Òtúrá Mèjí, que costuma comunicar-se, de forma íntima e constante, com a energia da criação.  Aprende então como nasceu a raça humana, o domínio do homem sobre todos os animais e como é possível separar as coisas.

Domina os mistérios de dissociar os átomos adquiridos, tendo assim, pleno poder sobre a matéria.  Aprende também a utilizar a força mágica que existe nos sons da fala humana, mas usa esta força terrível com muita sabedoria.

A Décima Quarta Porta...

Já diante da décima quarta porta, irás defrontar-se com Ireté Mèjí, que nada mais é, que o próprio espírito de Onilé, a Terra, faz com que desvendes os seus mais íntimos segredos, aguarda-o, presta-lhe permanentemente reverências e sacrifícios.  Saiba como ir e voltar do Reino de Ikú.  Contata, por seu intermédio os espíritos da Terra, transformando-os em seus aliados, conhece os segredos Obaluayê, o Òrìsà da peste que mata e cura da forma que melhor lhe aprouver.  Aprende com ele, o poder da cura, já que matar é tão mais fácil.

A Décima Quinta Porta...

A décima quinta porta serás recepcionado por Ose Mèjí, que irá te falar da degeneração, decomposição, putrefação, doenças e perdas.
Aprendes que é perdendo que se ganha.  Siga sempre pelo caminho mais modesto.
Aprendas a sanar estes males e saias dali o mais depressa possível, para não seres também vitimado por tanta negatividade, gerada numa relação incestuosa.

A Décima Sexta Porta...

Finalmente a décima sexta porta.  O último dos obstáculos que te separas da tua desejada musa.  Ali reside Ofún Mèjí, o mais velho e terrível dos dezesseis gênios guardiões, aquele que ressuscita os mortos.  Saúda-o com terror, gritando "Epa Babá !".  Só assim poderás aplacar sua ira.  Contempla-o mas não o encares de frente.  Observas que ele não é um gênio como conhecestes nas quinze portas que a esta precedem, ele é a reunião de todos os segredos do Universo.


É isto que buscavas, Oh Òrúnmìlá !  Domina-o e resgata para ti a bela donzela chamada Sabedoria.
Toma-a para ti possua-a para todo o sempre, pois agora és Ifá e nada pode mais que tú !

Assim, Òrúnmìlá chegou ao encontro da Sabedoria !!!

Aború Aboye, Abosise !!!



 

- Autor desconhecido

 


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sexta-feira, 17 de junho de 2016

SACRIFÍCIO
sacrificio personal



Sacrifício significa que qualquer coisa que se deseja nessa vida, requer o abandono de outra. 
São as escolhas que se precisa fazer para conseguir seguir o caminho ao qual está predestinado.

A vida é um processo de dar e receber constante.  E tudo gira em torno de sacrifícios.  A maior forma de sacrifício é o Tempo.  Sacrificar seu tempo, é sacrificar vida, dinheiro, paciência, trabalho.  É abrir mão da família, do laser, do descanso, do prazer, da saúde...

Muitos não percebem que no plano espiritual, assim como no físico, requer algum tipo de dar e receber.  Dentro da visão do mundo africano tradicional, você é o maior responsável pela sua melhoria.  Se quer mudar sua condição, precisa fazer o sacrifício.  Toda forma de sacrifício lhe impulsiona para frente.

Mesmo quando se está fazendo caridade ou doação, está se sacrificando em prol do outro.   Quando você se sacrifica, se edifica com bases melhores, mais sólidas e mais seguras.
O ser humano se sacrifica, desde o dia em que é fecundado.  Porque nesse dia, durante a corrida dos espermatozoides, aquele que chega primeiro, que mais se sacrifica e se esforça é o vencedor; e o prêmio é a vida.  Após ser fecundado, precisa crescer, e aí nessa fase, tem o sacrifício físico da mãe, que carrega e alimenta o bebê durante 9 meses.  Depois vem o nascimento, que é um sacrifício, pois é preciso abrir mão do conforto e segurança da barriga da mãe, para vir ao mundo.  Aí então, vem o sacrifício de crescer e aprender, e assim por diante...

Mesmo aqueles que não fazem nenhum esforço, com certeza, tiveram pessoas que se sacrificaram para que ele estivesse ali, naquele momento, ocupando aquele lugar.
Os pais se sacrificam para dar o melhor para seus filhos,  o professor para ensinar o melhor para seus alunos, o sacerdote, sacrifica seu tempo para seus fieis.  Sempre, em todos os minutos, no mundo, existe alguém fazendo algum tipo de sacrifício.

E para quê tanto sacrifício ?   Sempre é questionado !
Com certeza, todo esse sacrifício, se transforma em louros, em bem estar para a vida, para a evolução como ser humano.  Quando se sacrifica em prol de outra pessoa, é preciso faze-lo com o coração, porque ter boas ações com o próximo, é se aproximar do Divino.
E a recompensa que se tem com tudo isso é o reconhecimento do alto, porque será merecedor de respeito.

Sacrifício é todo ato efetuado com o coração, sem esperar nenhum tipo de remuneração por isso.   É estar fazendo pelo outro e consequentemente, por si mesmos.

Quando você estiver preocupado com os problemas e tentar encontrar a solução, com certeza será preciso sacrificar para que as coisas aconteçam a seu favor.  Se você não der o primeiro passo em busca do que quer, se não sacrificar pelos seus objetivos, com certeza, ninguém fará por você.
Quando você fizer suas escolhas na vida, lembre-se que é preciso, sempre, abrir mão de alguma outra coisa, e com certeza terá que arcar com as conseqüências dessas escolhas, nesse momento você estará se sacrificando.
Quando acontecem as mudanças no dia a dia, sempre é muito difícil, pois toda mudança, gera alguma resistência. Para que as coisas mudem, é preciso se sacrificar, somente assim a mudança realmente acontece.
 
O sucesso é o ponto que você sempre quer alcançar, mas não é algo 
que aconteça da noite para o dia, é um caminho árduo que deve ser 
construído devagar e com muito sacrifício. 
Não há sucesso sem sacrifício, se você quer chegar ao topo, se você 
quer alcançar grandes conquistas, é preciso sacrificar-se muito.  É a 
lei da natureza !

Seu Sacrifício pessoal é o passo que você deve dar para alcançar seus 
desejos, porque cada sacrifício tem um prêmio muito especial.  
Pense naqueles que estudam; noites sem dormir e abstinência de 
diversão, naqueles que trabalham; para o sustento de sua família ou 
para uma posição melhor, todos eles se sacrificam por algo ou por 
alguém.  Pense naqueles que se dedicam ao outro; noites sem dormir, 
dedicação a estudos; para o bem do próximo, para a elevação 
espiritual, e para o seu próprio bem; pense no que você está fazendo 
neste momento; e se pergunte onde está o seu sacrifício ?  
Sacrificar-se pelo Amor Universal de Deus, sempre terá o seu 
reconhecimento e recompensa, e isso é algo que ninguém pode 
tirar de você.

O sucesso nunca será o resultado do acaso, porque não é mágica ou 
sorte, mas o trabalho árduo do sacrifício e do nível de entusiasmo.  
O sacrifício é a porta de entrada para o sucesso, para o mundo e 
para a vida.  A decisão de se levantar e seguir em frente atrás de 
suas melhorias e objetivos, é o que te levará, sempre, ao Sucesso.  




Trabalho de pesquisa por:


Obàaláse Oluwo Ifásina Ifárunaola (Willer Almeida)

Erelú Iyá Òsún Funké, Iyanifá Fun Mi Lolá (Fatima Gilvaz)


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sexta-feira, 10 de junho de 2016

FÉ E DETERMINAÇÃO
"A fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos".                  Hebreus 11:1

A fé é a ausência de dúvida !  É ter consciência do sucesso do propósito superior.  É ter certeza de que as derrotas são temporárias e que fazem parte de um aprendizado, que vão nos dar a inspiração de seguir em frente com um esforço maior.

Fé é saber que a crença que escolhi seguir, me impulsiona para o sucesso.  É estar em harmonia consigo mesmo, inspirado pelo alto e encorajado a cada dia a avançar mais um degrau para vitória.
Ter fé é não perder a esperança de que tudo é passageiro e que devo aprender lições do negativo e desfrutar e agradecer o positivo.  É não deixar, nem por um dia, de acreditar que existe uma força maior que me guiará para alcançar o meu propósito.

Em Ose Meji, Ifá fala que a pessoa constrói um palácio em cima de palafitas.  E isso só pode ser mudado através da fé.

Não podemos fugir dos problemas ou de situações desagradáveis, mas podemos ser corajosos e confiantes de que conseguiremos passar e aprenderemos com cada situação.  Por isso, precisamos a cada dia, fazermos a manutenção positiva de nossos pensamentos e objetivos.
Isso se dá através da força mental positiva.  Precisamos ter o compromisso conosco mesmos de que não permitiremos que nada, nem ninguém nos tire da direção e das perspectivas que traçamos para o nosso caminho.

Fé é a certeza de que somos capazes e de que não estamos sozinhos.  Por isso precisamos ser vigilantes em nossas atitudes e com nosso comportamento.
Qualquer pensamento ou atitude negativa, irá destruir tudo o que conseguimos erguer.  É preciso limpar a mente de todos os pensamentos negativos e destrutivos, eles são o maior inimigo da fé.  Precisamos elevar nosso Orí a um plano superior de bons pensamentos e boas atitudes.

Nosso Orí precisa estar alinhado com a mente, o coração e os sentimentos, para podermos alcançar a vitória, como nos fala o Odú Onkaran Meji.

Precisamos alimentar nosso espírito de coisas boas, alimentar nossa alma de planos e metas elevadas, e termos certeza de que estamos no caminho certo e com a segurança do alto para que possamos alcança-los.

Em Oturupon Meji, Ifá fala que somente com determinação em buscar o Divino dentro de nós e compreendendo e aceitando com fé, é que conseguimos remover os obstáculos do nosso caminho.

Não importa o quanto demore, não importa o que precisaremos passar e aprender, não podemos desistir.  A fé existente dentro de nós, nos fará pessoas lutadoras, fortes e certas de que valerá a pena e que nossos objetivos serão alcançados.

Fé é a certeza de que o Universo conspira a nosso favor.  É saber que não importa o que aconteça, não importa as quedas que teremos, nem as cicatrizes que irão ficar, o que importa é conseguirmos alcançar o objetivo e conseguirmos a vitória.  É a realização dos desejos e vê que todo o esforço valeu a pena.  Porque nada é tão grande e impossível de alcançarmos,  apenas precisamos de fé e determinação para chegarmos onde desejamos.

Fé é estarmos certos de que existe um poder muito maior que está ao nosso lado, nos impulsionando para frente e para cima e que não nos permite desistir.  É a certeza de que nem por um minuto estaremos sozinhos.
Fé é acreditar em uma força superior maior do que qualquer coisa que podemos passar ou sentir.

Quando a fé se torna nossa mentalidade e linguagem, não demora até que ela tome conta de nossas ações, e nessa hora tudo muda a nossa volta.  O sucesso nasce do querer, da determinação e da fé em se chegar ao objetivo.


Trabalho de pesquisa por:


Obàaláse Oluwo Ifásina Ifárunaola (Willer Almeida)

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domingo, 5 de junho de 2016

A mulher no Culto e na Sociedade Yorubá


Na cultura Yorubá, a mulher é vista de diferentes maneiras: como mãe, esposa, filha, deusa e até bruxa.  Para os Yorubá, o maior valor dado a mulher é o de mãe, porque o povo Yorubá reverenciam as mães, que eles também chamam de Iyá nlá (grandes mães) ou de Ìyà àmi (nossas mães).

Acredita-se que as mães possuem poderes espirituais e divinos, elas são muito importantes na cultura Yorubá, porque delas, depende a continuidade da humanidade.

O papel da mulher Yorubá vai além do papel de mãe.  Ela atua ativamente nas atividades econômicas da família e o lugar social ocupado pela mulher Yorubá, sem dúvida, possibilita-lhe o exercício de um poder fundamental para a vida africana.
As mulheres se desenvolveram na cultura, na economia e até mesmo na administração de reinos Yorubá.  Elas ocupam postos importantes e fiscalizam o funcionamento do Estado.

Foi criada a Sociedade de Gelede, para honrar e homenagear as Grandes Mães.  Essa Sociedade demonstra o reconhecimento ao poder especial das mulheres e que pode ser usado para malefícios e para benefícios.
São poderes e força espiritual de vida, entre outros.  Essas poderosas mães precisam se acalmadas, homenageadas e agradadas.
Na cultura Yorubá, as mulheres sempre estão ligadas à Deusas Africanas, como Òsún, Yemojá, Oya, entre outras.  Todas são associadas às águas de alguma forma.
A água, na cultura Yorubá representa a indispensabilidade e a fonte de vida, exatamente como as mães são para os Yorubá.
As mulheres são indispensáveis para os Yorubá, elas são como a água.
A água é benevolente para a vida, mas pode também ser malevolente, causando enchentes e até tsunami.  Assim é o poder das mães, das mulheres.

A virtude que as mulheres têm de poder trazer filhos ao mundo, um fato maravilhoso e quase mágico, as aproxima do divino.  Em muitos povos antigos, esse fato era inexplicável, por isso as mulheres sempre foram vistas como possuidoras de certo poder especial.

Fala-se da famosa intuição feminina", mas, em todas as culturas há sempre uma tendência a transformá-la em "bruxa", no sentido de crer que tem poderes inatos para comunicar-se com forças além do alcance do entendimento do homem.  O mito da "bruxa" que voa na vassoura acompanhada por pássaros macabros é quase mundial.

Também temos a relação da fecundidade com o misterioso sangue menstrual, que é o marco  da passagem da menina numa mulher, daí em mais algum tempo, será considerada também uma Ìyàmì, aquela que a qualquer momento inchará o ventre, revelando que tem em seu interior a "cabaça da existência", o caminho pelo qual todos vêm do Òrun para o Àyé. 

Porém, percebe-se que o poder das Ìyàmì, representa o próprio poder criador, criativo, que para trazer o novo, precisa destruir o velho. É a própria ordem natural, o ciclo de vida e morte que é a síntese do poder feminino.  Representam os poderes místicos da mulher em seu duplo aspecto – protetor e generoso/perigoso e destrutivo.

Sem o poder feminino, sem o princípio de criação, não brotam plantas, os animais não se reproduzem, a humanidade não tem continuidade.  Assim, a mulher é o princípio da criação e preservação do mundo.  Sem a mulher não existe vida, e por esse motivo deve ser reverenciada e respeitada.  A mulher está diretamente ligada ao divino, serve como passagem e receptáculo do sagrado no mundo dos vivos, por gerar vida.  A mulher é vista como o útero fecundado, a cabaça que contém a vida, a responsável pela continuidade da espécie e pela sobrevivência da comunidade.

A mulher tem o poder da vida, pois todos são gerados no ventre feminino, todos nasceram de uma mulher, sendo fundamentalmente importante se curvar ante à poderosa mãe. Todas as mulheres e todas as Divindades femininas, principalmente Òsún, Yemojá, Oya e Nanã, possuem uma grande ligação com Ìyàmì.

O poder feminino também é falado no Odù Oseturá.  Ifá diz nesse Odù, que se não damos as honras e respeito às mulheres, elas tem a capacidade de destruir o mundo.
A vida da humanidade está no ventre de uma mulher.
Oseturá nos ensina que não devemos desprezar o valor das mulheres.  Todos os Òrìsà sabem do poder que Olódùmarè deu a Òsún, e por esse motivo devemos dar-lhe grande respeito.
 
No Odù Osá Meji,  Ifá diz  que todas as pessoas devem sempre 
respeitar as mulheres, pois a sabedoria do mundo pertence a elas.
 
O Odù Oyeku Meji  simboliza o principio feminino.  Quando Ejiogbe 
(principio masculino) e Oyeku deram à luz outros quatorze Odù 
principais.
 
No Odù Odi Meji, Ifá diz que nesse Odù nasceram os orgãos 
genitais feminino.

A figura feminina na Pré-História tinha um enorme peso nas sociedades de todo o mundo. Não eram sociedades matriarcais, e sim matricêntricas, pois a mulher não dominava, mas as sociedades eram centradas nela por causa da fertilidade.  Assim, pela sua inexplicável habilidade de procriar, as mulheres eram elevadas à categoria de divindades. 

Vestígios paleolíticos revelam que o feminino ocupava um lugar primordial, pois deste período foram encontradas estatuetas femininas, pinturas e objetos, que mostram que cultuavam a mulher como um ser sagrado.

A mulher no Egito possuía um status privilegiado em comparação as de outras civilizações antigas, dado pela igualdade entre os sexos como um fato natural, sendo comum aparecer claramente a visão feminina em alguns textos de Instruções de Sabedoria.  E quando casadas podiam intervir na gestão do patrimônio familiar.

 


Trabalho de pesquisa por :

Obàaláse Oluwo Ifásina Ifárunaola (Willer Almeida)

Erelú Iyá Òsún Funké, Iyanifá Fun Mi Lolá (Fatima Gilvaz)

- consultas a vários autores:
  . Wande Abimbola
  . Popoola
  . F. Fatunmbi
  . Willian Bascan

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